A Família Chevalier, quem é?
(Inspirado no livro: O Carisma de Júlio Chevalier e a Identidade da Família Chevalier;
Um
itinerário para a Espiritualidade do Coração; Hans Kwakman MSC)
Quando falamos de Família Chevalier estamos falando de
várias entidades que se inspiram na experiência e mística do Fundador Padre
Jean Júlio Chevalier. Um padre diocesano bem jovem que desejava ardentemente
iniciar uma Congregação de Irmãos e Padres missionários tendo o Coração de
Cristo como essência principal. Existe nesta Congregação/Família Chevalier os
Missionários do Sagrado Coração, as Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração,
as Missionárias do Sagrado Coração, os Leigos e Jovens Missionários do Sagrado
Coração, as fraternidades de Nossa Senhora do Sagrado Coração e várias outras
entidades que se inspiram neste desafio de tornar amado e conhecido por toda a
parte o Amor de Deus no Sagrado Coração de Jesus.
Todas estas comunidades possuem alguns fundamentos em
comum e assim são reconhecidas como parte desta Família Chevalier:
1. Uma
profunda preocupação pela humanidade;
2. Uma
crença no amor de Deus revelado em
Cristo como resposta às necessidades mais profundas das pessoas;
3. Uma
missão para dar testemunho desse amor
às pessoas, mediante a prática da caridade.
Esta Família iniciou sua caminhada em 08 de dezembro
de 1854. Esta á a data que o Fundador quis marcar o caminho. Dia da promulgação
do Dogma da Imaculada Conceição de Maria. Assim iniciada começou a percorrer o
mundo conforme a razão de sua criação: Amado seja em toda a parte o Sagrado
Coração de Jesus! Papua Nona Guine,
Micronésia, Melanésia, Europa, Américas, África, Ásia e assim hoje marcam
presença em mais 50 países. A missão não se esgotou, aliás, o desafio cresceu
ainda mais, pois hoje não se trata apenas de ir a algum país, mas existem nestes
países as periferias existenciais. Por exemplo, dentro do Brasil existem
centenas de outros países; os refugiados; os presidiários; os moradores de rua;
os dependentes químicos; o mundo da política; negros; indígenas; juventude;
idosos; menores... É uma chamada de atenção que o Papa Francisco tem insistido
muito ultimamente.
50 anos depois de iniciada esta família ela perdeu
alguns fundamentos importantes. Nas novas orientações de 1907 deixou de lado
três assuntos sérios para esta Família:
1. A devoção ao Sagrado Coração como remédio para os males de seu tempo;
2. O insubstituível papel dos leigos na Família;
3. A tarefa dos MSC de atender à Formação dos Leigos associados à Família, no que se refere ao
Sagrado Coração de Jesus.
Estes
esquecimentos enfraqueceram as novas
gerações dos membros desta Família. Ficou apenas mais uma Congregação
Missionária. O que nos distinguia se perdeu. Mais uma apenas.
Mas em 1962 o Concílio Vaticano II exigiu de todas as Famílias
religiosas uma renovação e volta ao seu verdadeiro sentido de existência na
Igreja Católica. E em 1985 a Família Chevalier começa a reconstruir sua
originalidade.
Recuperou-se no testemunho do Fundador Padre Jean
Júlio Chevalier:
1º. Ele era
apaixonado pelo Coração de Jesus;
2º. Tinha
uma visão e consciência permanente/diária;
3º. Um
sentido profundo de missão.
Esse dom especial do Espírito Santo, que descobriu em
si mesmo, o fez Fundador desta Família Chevalier composta de diferentes
Congregações: Irmãos, padres, freiras, leigos...
O ponto essencial do seu Carisma é uma grande paixão Por Jesus Cristo, Palavra
Encarnada. Esse crescente amor por Jesus Cristo o estimulou a estudar, viver e
propagar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Aprofundando-se continuamente no conhecimento e na
experiência deste Sagrado Coração, Chevalier desenvolveu uma visão cada vez
mais global dessa Devoção e do papel do Coração de Jesus no plano que Deus
tinha da criação, da redenção e da
restauração.
Jean Júlio Chevalier pode viver e promover “tal paixão
por Jesus Cristo” e desenvolver “sua visão da Devoção ao Sagrado Coração de
Jesus”, porque era um homem com forte “sentido
da missão”. Sentiu-se interpelado pela angustiante situação da sociedade do
seu tempo, estava convicto de que o amor de Jesus pela humanidade conseguiria
sua restauração e que uma devoção fervorosa ao Sagrado Coração seria o remédio
para os males da sociedade. Ele une o
coração humano ao coração de Jesus. A humanidade feliz é o Criador e a Criatura
em comunhão. Por isso ele quis reunir o maior número possível de homens e
mulheres para proclamar a boa notícia da devoção ao Sagrado Coração,
comprometendo-se ao mesmo tempo com a missão redentora de Jesus. Por isso a
missão necessitava:
1º “Uma
missão do coração”: ao mesmo tempo em
que nos comprometemos com a missão de Jesus Cristo no mundo, cuidamos, desse
modo, de fazer com que as qualidades dos nossos próprios corações possam
amoldar-se às virtudes do Coração de Jesus.
2º “Uma
missão social”: Nossa participação na
missão de Jesus Cristo deve influir na cura dos males da sociedade de hoje.
3º “Uma
missão compartilhada”: Para realizar
esta missão, religiosos, religiosas, sacerdotes e leigos devem trabalhar juntos.
4º “Uma
missão em toda a parte”: Essa missão
deve se realizar em todas as esquinas do mundo e em todos os níveis da
sociedade. Como diz o Papa Francisco: em todas as periferias existenciais da
humanidade.
5º E tudo isso deve ser feito “em união com Nossa Senhora do Sagrado Coração.
Mais adiante no tempo continuaremos a escrever aqui
sobre esta família Chevalier que reuniu no seu início até Sacerdotes diocesanos
bebendo nesta fonte do Coração de Cristo:
= Missionários do Sagrado Coração (MSC);
= Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração (FDNSC);
= Missionárias do Sagrado Coração (MSC);
= Leigos e leigas Missionários do Sagrado Coração
(Leigos MSC);
= Jovens Missionários do Sagrado Coração (Jovens MSC);
= Fraternidades de Nossa Senhora do Sagrado Coração
(Fraternidades de NSSC).
Continue lendo sobre esta Família Chevalier. Uma
Família Missionária!
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Padre Adilson Gomes Teixeira |Nascimento 20/10/87 | Votos: 02/02/13 | Ordenação Presbiteral : 26/02/2017&nbs...
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